O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou o pedido da Petrobras para explorar petróleo na região da Foz da Bacia do Amazonas, localizada na Margem Equatorial. A autarquia solicitou informações adicionais à empresa sobre seus planos para a área antes de tomar uma decisão.
A exploração petrolífera na costa brasileira é uma das principais apostas da Petrobras. Em seu planejamento estratégico, a companhia planeja investir US$ 3,1 bilhões na perfuração de 16 poços na Margem Equatorial, que abrange as costas dos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, entre 2024 e 2028.
Um dos projetos da estatal está situado na Foz do Amazonas, onde a Petrobras pretende perfurar um poço a aproximadamente 170 km da costa do Amapá, com profundidade de 2.880 metros.
Para avançar, a Petrobras necessita da concessão de uma licença de Avaliação Pré-Operacional (APO), que atualmente está sob análise do Ibama. Essa avaliação considera fatores como biodiversidade, magnitude e persistência dos impactos ambientais, além da relevância da área em questão.
Em maio do ano passado, o Ibama já havia negado um pedido anterior da Petrobras para perfurar a bacia da foz do rio Amazonas com o mesmo objetivo de explorar petróleo na região. Essa decisão gerou um embate entre os ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A Petrobras recorreu da decisão do Ibama, que na época apontou uma série de ajustes que a estatal precisaria implementar para conseguir a licença desejada. A situação continua em análise, refletindo a tensão entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental na região.