O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, tem demonstrado uma certa frustração com a crescente divisão que se instalou na Corte. Fontes próximas ao ministro, confirmadas por reportagens como a do site Poder 360, indicam que ele pode estar considerando uma aposentadoria antecipada, antes de completar 75 anos. Atualmente com 67 anos, o magistrado vive um momento de reflexão sobre seu futuro na mais alta Corte do país.
A polarização no STF, intensificada pela atuação do ministro Alexandre de Moraes em inquéritos de grande repercussão, é um dos principais motivos de preocupação para Barroso. Em público, ele tem tentado diminuir a tensão e o protagonismo da Corte. Contudo, nos bastidores, a impressão é de impotência para reverter o cenário atual. Essa sensação de desarmonia tem alimentado os rumores de que Barroso poderia deixar o Tribunal após o fim de seu mandato como presidente, em setembro, quando passará o cargo para Edson Fachin.
Outro fator que pesa na balança é o retorno de Barroso à “planície” da Corte. Ao deixar a presidência, ele reassumiria sua cadeira na 2ª Turma do STF, um colegiado composto por ministros como Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Nunes Marques e André Mendonça. A falta de afinidade e intimidade com esses integrantes do grupo é um ponto de desconforto que pode influenciar sua decisão.
Além disso, um incidente recente somou-se a esse cenário. Barroso, conhecido por sua forte ligação com os Estados Unidos, onde sua família tem propriedades em Miami e ele próprio realiza estudos em Harvard, teria tido seu visto de entrada cancelado. A confirmação desse fato, caso se concretize, poderia complicar ainda mais a vida pessoal do ministro e intensificar as especulações sobre seu futuro.