Zanin reconhece falhas em provas contra deputados do PL

 

Em um novo desdobramento no caso de suposta corrupção envolvendo os deputados federais do PL Josimar Maranhãozinho e Pastor Gil, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin autorizou a realização de uma perícia técnica nas provas contidas em mídias blu-ray. A decisão, divulgada em 5 de agosto de 2025, ocorre após a defesa de Pastor Gil apontar a existência de falhas técnicas na extração dos dados, o que pode comprometer a integridade das evidências.

A investigação, que apura crimes de corrupção passiva e organização criminosa, tem como base a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o órgão, os parlamentares teriam solicitado R$ 1,67 milhão em propina ao então prefeito de São José de Ribamar (MA), José Eudes Sampaio Nunes. O valor seria uma contrapartida pela liberação de R$ 6,67 milhões em emendas parlamentares destinadas à saúde do município.

O papel da perícia e os próximos passos

Zanin reconheceu as “falhas técnicas na extração dos dados” e determinou que as mídias sejam encaminhadas à Polícia Federal para a elaboração de um laudo pericial. Essa análise é crucial para garantir a validade das provas, já que a tecnologia blu-ray é utilizada para comprovar a autenticidade dos arquivos de áudio e vídeo coletados.

A defesa dos deputados, que sempre negou as acusações e sustentou a falta de provas, agora tem um ponto a seu favor. Até o momento, os recursos que pediam a rejeição da denúncia foram negados por Zanin e pelo ministro Alexandre de Moraes, que consideraram as provas válidas.

O caso teve início em 2020, quando o prefeito José Eudes Sampaio Nunes denunciou o esquema à Polícia Federal, alegando ter sido pressionado e ameaçado. Durante a operação, a PF apreendeu imagens de Josimar Maranhãozinho manuseando grandes quantias em dinheiro, além de mensagens de WhatsApp e planilhas com anotações sobre o suposto esquema de propina.

A decisão de Zanin marca uma nova e importante etapa no processo, que pode ter seus rumos alterados dependendo do resultado da perícia. A PGR, por sua vez, solicita a condenação dos réus, o pagamento de indenização por danos morais coletivos e a perda da função pública dos parlamentares.

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