190 anos

Censo 2022: Brasil tem 203 milhões de habitantes, 4,7 milhões a menos que estimativa do IBGE

 

 

 

Para surpresa de analistas, os números do Censo Brasil, divulgados pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o Brasil tem 203.062.512 de habitantes. O número veio abaixo das projeções anteriores do órgão. Em 2021, o prognóstico apontava que país teria ao menos 213 milhões de habitantes. Em dezembro de 2022, já com dados prévios do levantamento, o IBGE revisou a estimativa para 207,7 milhões, ou seja 4,7 milhões de pessoas acima do cálculo final.

Os números também mostram que a população brasileira registrou um aumento de 6,45% em relação à edição anterior da pesquisa, em 2010, que havia contabilizado 190.755.799 de pessoas. Em números absolutos, houve um crescimento de 12.262.757 habitantes. A taxa de crescimento nesses 12 anos foi de 0,52% ao ano, o menor nível da série histórica.

Dos 5.570 municípios do Brasil, 3.168 ganharam habitantes entre 2010 e 2012 – isso representa 56,9% do total.

Dos 5.570 municípios do Brasil, 2.399 perderam habitantes entre 2010 e 2022 – isso representa 43% do total.

Cidade mais populosa do país, São Paulo tem é 11.451.245 habitantes. Na seqüência, vêm Rio e Brasília.

O Brasil tem três cidades com menos de mil habitantes – Serra da Saudade (MG), com 833 habitantes; Borá (SP), com 907; e Anhanguera (GO), com 924.

O crescimento populacional foi maior no interior do que em capitais – 66,58% dos novos habitantes se concentraram em regiões fora desses grandes centros urbanos.

5% das cidades brasileiras concentram 56% população do país. Ao todo, 115,6 milhões de pessoas, ou 56,95% da população, vivem em apenas 319 cidades.

A média de moradores por domicílio caiu de 3,31 para 2,79.

A distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios (FPM) pelo Tribunal de Contas da União (TCU) é uma das atribuições do Estado que leva em conta números Censo. Para a grande maioria das cidades — todas aquelas que não são capitais e que têm menos de 142.633 habitantes —, o critério utilizado para o repasse de recursos é populacional.

O número de habitantes contabilizado pelo IBGE define o coeficiente em que a cidade se enquadra. Esse índice determina qual será a participação de determinado município no fundo. Quanto menor a população, menor o coeficiente – e, portanto, menor o valor do repasse realizado pela União. A diminuição da população em relação às estimativas anteriores pode alterar o enquadramento dos municípios. Em 2023, não haverá mudança na distribuição, pois o TCU havia estabelecido que seriam aplicados os mesmos parâmetros de distribuição utilizados no ano passado. Para 2024, no entanto, esses números ainda não foram definidos.

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