Uma brasileira que está em Nova York relatou sobre a nuvem de fumaça vinda da queima de árvores do Canadá e que atingiu os Estados Unidos nesta semana.
A jornalista Thaís Lima, que mora há cinco meses na região do Brooklyn, contou ao g1 que as ruas estão com cheiro de queimado e que está difícil de respirar.
“O pior momento foi na quarta-feira, quando o céu ficou laranja. Estava muito difícil de respirar e com uma sensação de abafamento. Hoje [quinta-feira], está um pouco melhor.
As cidades da região foram cobertas pela névoa alaranjada na quarta-feira (7). Escolas cancelaram atividades ao ar livre, voos foram interrompidos e milhões de americanos permaneceram em ambientes fechados.
“Nós percebemos que tinha algo errado na terça-feira. Meu marido chegou em casa e contou que estava um cheiro forte de queimado na rua”.
“O sol apareceu e refletiu naquela fumaça, gerando esse efeito. No meio da tarde, o prefeito orientou para ficar dentro de casa e não abrir as janelas”, completou.
Thaís contou que já é possível ver o céu um pouco mais aberto, mas ele ainda não está totalmente azul por conta da fumaça.
Segundo a agência Associated Press, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse que conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na quarta-feira para agradecê-lo pelo “apoio crítico” no combate às chamas.
O Canadá amanheceu na quarta-feira quase totalmente coberto por uma nuvem cinza após as florestas do leste do país registrarem mais de 400 focos de incêndio. Até o momento, 3,8 milhões de hectares foram destruídos — área 15 vezes maior do que o esperado para o período. A fumaça tóxica, proveniente do fogo, também atinge metade do território dos Estados Unidos, incluindo a capital Washington. Para especialistas ouvidos pelo GLOBO, o cenário representa um enorme risco à saúde pública e as suas consequências para o meio ambiente podem perdurar por décadas. A poluição no ar provocou cancelamento de peças da Broadway e fez atriz abandonar palco.
Centenas de bombeiros americanos já chegaram ao Canadá.