Ontem, sexta-feira, 2 de junho, Felipe Suhre tomou café da manhã com a apresentadora Ana Maria Braga e fez uma revelação impactante sobre sua orientação sexual.
Desse modo, o ex-repórter do programa da TV Globo aproveitou que está acontecendo o mês da Diversidade e Orgulho LGBTQIA+ para compartilhar a informação íntima com o público.
Com isso, durante o ‘Mais Você’, o homem revelou ter enfrentado muitos desafios no processo de aceitação e, por muito tempo, guardou dores para não tornar divulgar a informação. Assim, relembrando que eram comuns estigmas de gênero.
Na sequência, o jornalista recebeu uma mensagem de apoio de sua mãe, Miriam, enaltecendo a importância dos pais demonstrarem apoio aos filhos que se identificam como integrantes da comunidade LGBTQIA+.
“Pela primeira vez falo mais abertamente da minha orientação sexual, que foi a grande dor da minha vida, conseguir me aceitar. Esse menino, que nasceu no contexto em que meninos precisavam vestir azul e meninas rosa, não tinha coragem de falar dessa parte. Estava faltando falar sobre esse novo ciclo da minha vida. Nossa maior cura, vira nossa maior lição. Como curei muito fortemente essa dor em mim, precisava colocar essa dor no mundo”, disse ele. “Se você está feliz, filho, vamos lá, a gente está junto sempre. Poder começar falar do meu amor por ele é maravilhoso. Um beijo grande no teu coração, filho”, compartilhou a genitora.
Além disso, Felipe se declarou para Ana Maria, reforçando como a apresentadora foi significativa em sua trajetória pessoal. “Você é luz na minha vida, Ana”, apontou. “No meu coração, você está em um canto especialíssimo”, contou a parceira de Louro Mané.
Pelo menos 316 pessoas LGBTQIA+ morreram de forma violenta ao longo do ano de 2021. Em mais de 90% dos casos, foram vítimas de homicídio ou latrocínio (quando há roubo seguido de morte). Os números constam no dossiê Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil. A pesquisa destaca que, a cada 27 horas, uma pessoa LGBTQIA+ foi morta no país por motivos relacionados à sua identidade de gênero ou orientação sexual.
O levantamento é um esforço conjunto das organizações Acontece — Arte e Política LGBTI+, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT). Desde o ano passado, os três grupos compõem o Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+ — uma iniciativa criada em 2019 para sistematizar os casos de violência contra essas populações, de modo a pensar medidas de proteção e o desenho de políticas públicas. O levantamento contou com financiamento do Fundo Brasil de Direitos Humanos, mesma instituição que mantém a Brasil de Direitos.
De acordo com o Observatório, o número de mortes registradas em 2021 representa um salto em relação ao ano anterior. Comparado a 2020, quando foram registrados 237 casos, o aumento foi de 33,3%. “Mas é possível que, em virtude da pandemia em 2020, tenha havido subnotificação”, afirma Alexandre Bogas, diretor executivo da Acontece. O dado também situa o Brasil como o país que mais mata LGBTQIA+ em todo o mundo pelo 13º ano consecutivo.