Haddad e Lula definem cortes de gastos em reunião crucial

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá nesta quinta-feira (7) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir e definir os cortes de gastos do governo. Este encontro é essencial, pois a proposta final de cortes ainda depende das decisões do presidente. O objetivo principal é enviar ao Congresso um texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que contemple ajustes que facilitem a negociação com o Parlamento.

Haddad apresentará ao presidente as reações dos ministros sobre os cortes e já tem uma reunião agendada com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para viabilizar os ajustes no orçamento federal.

Embora detalhes específicos ainda não tenham sido divulgados, espera-se que os cortes incluam alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no seguro-desemprego, além de possíveis mudanças no cálculo de repasses para Saúde e Educação. Haddad destacou que os ministros estão cientes da necessidade de cortes e que as reuniões do primeiro escalão sobre o tema já foram concluídas. Ele enfatizou o consenso em torno da importância de reforçar a responsabilidade fiscal e garantir a sustentabilidade das finanças a médio e longo prazo.

O governo pretende anunciar as medidas de corte de gastos ainda nesta semana, conforme garantiu o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP). Haddad também expressou interesse em dialogar com líderes do governo, com essa agenda prevista para a próxima semana. Nos últimos dias, ocorreram reuniões no Palácio do Planalto sobre o assunto, embora sem manifestações públicas das autoridades. A urgência do governo decorre da ansiedade do mercado financeiro e da alta do dólar em relação ao real.

A expectativa é que, com a definição e o anúncio das medidas, o governo consiga acalmar o mercado financeiro e estabilizar a moeda nacional. Assim, a reunião entre Haddad e Lula não se limita a ajustes fiscais, mas também busca transmitir confiança e estabilidade ao cenário econômico do Brasil.

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