São Luís, 12 de setembro de 2024 – Durante sessão plenária, a presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), reforçou o compromisso com a autonomia e independência do Poder Legislativo estadual. Em seu discurso, a parlamentar destacou que, enquanto estiver à frente da Casa, não permitirá interferências de outros poderes, preservando a harmonia institucional em benefício do Maranhão.
Primeira mulher a presidir a Assembleia em 189 anos de história, Iracema Vale enfatizou seus 30 anos de experiência política e a responsabilidade de ocupar o cargo. “Isso me dá uma grande responsabilidade”, afirmou, reiterando o compromisso com a independência do legislativo.
Apesar de defender a autonomia da Assembleia, a presidente destacou a importância de manter um relacionamento harmônico com o Judiciário e o Executivo, mencionando o bom diálogo com o governador Carlos Brandão e demais deputados, sempre com base no respeito mútuo. “Vou manter a harmonia, como sempre mantive, com o Judiciário, com o Executivo e com o nosso governador Carlos Brandão”, disse.
Iracema refutou as alegações de interferência do governo estadual na composição ou dissolução de blocos parlamentares. Segundo ela, as decisões sobre esses blocos são responsabilidade exclusiva dos deputados. “Não existe responsável por isso que não sejam os próprios deputados que compõem o bloco”, afirmou.
Dissolução de blocos parlamentares
A dissolução de blocos parlamentares também foi pauta durante a sessão. O deputado Carlos Lula solicitou uma análise mais aprofundada sobre as consequências práticas da dissolução desses blocos para a atual sessão legislativa. Segundo ele, o Regimento Interno da Assembleia não é totalmente claro sobre os efeitos imediatos dessas decisões.
Iracema Vale concordou que o tema precisa ser debatido em outro momento, mas reafirmou que seu foco, naquele instante, era esclarecer a independência do legislativo.
Por fim, a presidente destacou que seu mandato é transitório e que permanecerá no cargo enquanto contar com o apoio da maioria dos deputados. “No dia que a Casa decidir que a presidente não está condizendo mais com as expectativas, é só se manifestar”, concluiu
