COMPROMISSO

Matemática da corrupção : Cidades do interior do estado do Maranhão são investigadas por fraude na saúde

Matemática da corrupção : Cidades do interior do estado do Maranhão são investigadas por fraude na saúde

 

Um esquema milionário desvia dinheiro da saúde destinado para tratamento de sequelas da Covid.

A equipe do Fantástico (Globo) percorreu por duas semanas, cidades do interior do Maranhão para entender melhor como foram possível a fraude ao Sistema Único de Saúde.

São 50 cidades investigadas por fraude. Em Mata Roma, município com 17 mil habitantes recebeu para tratamento pós covid, mais dinheiro que todas as cidades do estado do Rio de Janeiro juntas.

A cidade tem dois fisioterapeutas no serviço público, e segundo a lista que a equipe do Fantástico teve acesso  com pessoas que teriam feito tratamento pós Covid com fisioterapia no ano passado, é como se cada fisioterapeuta tivessem atendido 260 paciente por dia.

O curioso é que os casos registrados de Covid na cidade, foram de apenas 652 casos, porém a quantidade de tratamento pós Covid  que aparece na lista é de 34 mil.

Os absurdos são muitos, homem que fez tratamento mesmo depois de morto, outro era recordista com 500 atendimentos, e ele garante que nunca fez nenhum tratamento. O nome dele aparece em pelo menos outras cinco lista de cidades da região.

A cidade de Chapadinha foi a cidade que mais recebeu recursos para tratamento de pós -Covid foram quase 4 milhões repassados para a saúde. A cidade tem 80mil habitantes, mas consta que fez mais 200 mil atendimentos A equipe de reportagem foi recebida pelo secretário de saúde que tentou explicar. Ele afirma que estão cientes que existe um “erro” nos lançamentos dos dados e responsabilizou os dois técnicos que fazem os relatórios pelo erro.

Na cidade de Belágua com pouco mais de 7.500 habitantes  e teria realizado 50 mil atendimentos no tratamento pós -covid, mas oficialmente teve registrado apenas 446 pessoas tiveram a doença. Além dos números absurdos no caso da covid, o Ministério Público descobriu que a cidade realizou 13 mil testes de HIV em apenas 2 meses quase o dobro da população. Nos últimos 5 anos, Belágua teve apenas um caso de HIV. A equipe do Fantástico não conseguiu encontrar nenhum morador que tivesse feito o teste.

No caso de Belágua entra uma outra modalidade de esquema também investigado, os dos procedimentos fantasmas. Nesse caso o verba não vem do SUS, vem das emendas parlamentares de deputados federais e senadores, o tal orçamento secreto , dinheiro que vai direto para o caixa dos municípios.

O prefeito Herlon Costa que é esposo da atual presidenta da Assembleia Legislativa do Maranhão Iracema Vale tem uma explicação simples para tamanhos absurdos ; “Erro do digitador”.

A mesma explicação tem o prefeito de Afoso Cunha, Arquimedes Barcelar. Culpa do digitador.

Os repasses para as cidades do Maranhão correspondem a 93,3% de toda a verba do Brasil destinado ao tratamento pós covid.

 

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