Pablo Marçal critica partido e diz que pode sair do PRTB caso seja eleito

O candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), fez declarações polêmicas durante entrevista no programa Central das Eleições, da Globo News, na noite desta segunda-feira (26). Marçal afirmou que entrou no Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) apenas para viabilizar sua candidatura, mas disse estar “constrangido” com a situação dentro da legenda. O candidato revelou que pode deixar o partido caso seja eleito, mencionando a necessidade de “limpar a sigla.”

Marçal referiu-se ao presidente do partido, Leonardo Avalanche, que é investigado por ameaças a correligionários e suposta ligação com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Apesar das acusações, Marçal defendeu o direito de Avalanche à ampla defesa, afirmando que, embora não possa condenar o dirigente, se o partido fosse seu, ele já estaria afastado.

Durante a entrevista, Marçal também foi confrontado com um áudio em que Avalanche supostamente menciona conexões com o crime organizado. O candidato afirmou ter conversado com o presidente do partido, que negou a autenticidade das informações e assegurou que os fatos seriam esclarecidos.

Outro tema abordado foi a decisão judicial que ordenou a remoção dos perfis de Marçal nas redes sociais por abuso de poder econômico, sob suspeita de que ele estaria pagando para que outras contas compartilhassem seus conteúdos, o que é proibido pela legislação eleitoral. Marçal classificou a medida como “censura prévia” e afirmou que conseguiu criar outra conta com ainda mais engajamento.

Marçal também se defendeu das acusações de envolvimento em um esquema de captura de dados para fraudes, admitindo ter ficado preso “três ou quatro dias” e alegando que foi enganado por alguém de sua confiança.

Em relação ao serviço público, Marçal fez críticas e afirmou que cargos na educação pública são corrompidos por ideologias. Ele prometeu um secretariado permanentemente vigiado e disse que as reuniões na prefeitura, caso eleito, seriam transmitidas ao vivo.

Sobre sua relação com Jair Bolsonaro, Marçal declarou que, embora apoie o ex-presidente, não se incomoda em não ter o apoio dele para a eleição em São Paulo. Marçal atribuiu os recentes embates entre os dois à “guerra” da campanha eleitoral e disse não guardar ressentimentos após o término da disputa.

A entrevista de Marçal foi marcada por interrupções e momentos de confronto com os entrevistadores, refletindo o tom controverso que tem caracterizado sua campanha.

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