A operação Ouro Mil realizada pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no domingo (30.abr.2023) dentro da terra indígena yanomami, em Roraima, resultou na morte de 4 garimpeiros que atuavam ilegalmente na região. Segundo a PRF, os garimpeiros, “munidos de armamento de grosso calibre”, atiraram contra os agentes, enquanto tentavam desembarcar do avião da corporação, e os policiais revidaram. A PRF afirma que os criminosos atiraram com o objetivo de “repelir a atividade de repressão ao garimpo ilegal”
A PRF diz que esta não é a 1ª vez que agentes federais foram recebidos com tiros por garimpeiros ilegais nas terras dos yanomamis. Além disso, também há registros de acampamentos clandestinos nas comunidades Maikohipi e Palimiú, que, de acordo com a corporação, visa a “inibir o trabalho de desintrusão das terras demarcadas”
A operação foi realizada 1 dia depois de garimpeiros terem baleado 3 indígenas na comunidade Uxiú, em Roraima. Uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas. Depois do episódio, o governo federal decidiu enviar uma comitiva para o Estado para reforçar as ações de retirada de garimpeiros da terra indígena yanomami.
Hoje, mais oito corpos foram encontrados na região do Uxiú, dentro da Terra Indígena Yanomami, onde, no sábado (29), garimpeiros assassinaram um indígena e balearam mais dois. A Polícia Federal ainda apura o que causou as mortes e reforçou a segurança na região, em conjunto com a Força Nacional. Como as vítimas não são indígenas, pessoas envolvidas na apuração acreditam que a ação tenha sido uma retaliação pelo ataque sofrido no sábado.